"Depois de aprender a disposição dos seis pontinhos, conhecem-se as letras todas". Dito assim parece fácil. Aprender Braille exige treino, principalmente para os que se concentram mais noutros sentidos. Mas, ontem, a delegação bracarense da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) abriu portas a todos quantos quisessem aprender a decifrar este alfabeto. No auditório da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, de Braga estavam, por isso, várias pessoas sem qualquer problema visual, que vêm demonstrando cada vez mais interesse neste tipo de aprendizagem. O lema "Braille para Todos" serviu para designar a iniciativa, em jeito de comemoração do dia de nascimento de Louis Braille. O presidente da ACAPO, Leonardo Silva, fez a abordagem ao sistema de escrita e leitura "como exercício para os normovisuais". Como saber se o texto começa com uma maiúscula ou como distinguir entre letras e números constaram entre os ensinamentos. Técnicas rapidamente absorvidas pelos presentes, que iam respondendo aos desafios lançados. Em exposição estiveram algumas das ferramentas mais úteis neste domínio, como os terminais Braille e impressoras específicas. Antes de receberem os certificados de participação, os participantes assistiram a uma demonstração da máquina de escrever Perkins. " Denisa Sousa
Fonte: Jornal de Notícias - 5-1-007
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